De acordo com advogados especializados em imigração na África do Sul, houve um aumento recente nos pedidos para a obtenção de nacionalidade lituana, por parte de Litvaks sul-africanos, particularmente após as emendas à Lei da Cidadania. Estas emendas eliminam os obstáculos que não permitiam aos lituanos, e seus descendentes, que abandonaram o país no período compreendido entre as duas guerras mundiais restaurar a sua nacionalidade.
A África do Sul possui uma das maiores diásporas da Lituânia em todo o mundo; 90 por cento da sua comunidade judaica, com aproximadamente 80.000, possuem ascendência lituana…
A diferença fundamental presente na emenda é que, em vez de provar que as suas famílias “fugiram” da Lituânia entre 1919 e 1940, os candidatos à nacionalidade lituana precisam agora de provar apenas que “deixaram”. O requisito anterior era, em alguns casos, muito difícil de provar, tendo sido como descrito como “ilógico” pelo ex-embaixador da Lituânia em Israel e África do Sul, Darius Degutis.
Cerca de 95% dos judeus da Lituânia foram assassinados durante o Holocausto. Os críticos à política de cidadania anterior argumentaram que aqueles que partiram nas décadas anteriores à Segunda Guerra Mundial abandonaram o país para fugir a um ambiente perigoso.
Além disso, a possibilidade de obter um passaporte da União Europeia é também um fator importante no desejo dos Litvaks em obter um passaporte lituano. Devido a algumas opiniões, muitas pessoas não estão confortáveis com o governo sul-africano, e pretendem a segurança de um segundo passaporte. Estão literalmente a tirar os passaportes dos seus avós da gaveta – já que é um bom momento para se candidatarem.